quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012


4 previsões para 2012: Business Analytics em um (não tão distante) futuro

Será 2012 o ano em que a lacuna entre a necessidade de análise e os recursos fornecidos se estreitará?


Como sou um analista que cobre a área de Business Intelligence (BI), passo grande parte do meu tempo focado na tecnologia que é utilizada por departamentos de marketing. E é sempre interessante observar a natureza cíclica dos termos que usamos. 2011 viu quatro assuntos se manterem no topo: mobilidade, social media, cloud e banco de dados. Embora os termos sejam encarados de forma isolada, aAberdeen criou o conceito SoMoClo (Social, Mobile, Cloud) para promover a ideia de que esses três pilares são indissociáveis, e são elementos cruciais para uma nova geração de infraestrutura de TI.

E, o que esperar para 2012? Não posso deixar de analisar como essas quatro áreas irão afetar nossa capacidade para tomar decisões com base em informações de negócios precisas. Olhando para a minha "bola de cristal" e baseando, como sempre, em dados dos estudos da Aberdeen, prevejo quatro grandes mudanças para a BI em 2012:

1. Evoluções na BI móvel: a maior parte das pessoas ainda pode ser considerada "early adopter" das tecnologias móveis. No entanto, pesquisas recentes da Aberdeen apontam que os tablets estão pavimentando o caminho não apenas para uma crescente adoção de dispositivos móveis, mas também para uma maior interatividade móvel. Se definirmos BI móvel como o consumo de Business Insights (ou seja, relatórios, gráficos, dashboards) através de um dispositivo móvel, vemos uma taxa de utilização cada vez maior entre uma variedade muito grande de usuários finais. Enquanto essa funcionalidade já existe em algumas plataformas móveis, acredito que 2012 será o ano em que a análise móvel - ou seja, a criação de Business Insight (relatório e painel de criação, consulta de dados móveis) estará ainda mais disponível, e ganhando força entre os funcionários mais móveis.

2. Ferramentas sociais vão permitir uma maior colaboração externa: eu muitas vezes digo que, embora haja um enorme valor em dados de negócios, não há muito valor na interpretação deles. Talvez a maior vantagem que as ferramentas sociais tragam para a análise de dados seja a capacidade de agregar opiniões e perspectivas de tomadores de decisão dentro e fora da organização. Uma pesquisa que fizemos mostra que as empresas que se dão melhor nessa área usam ferramentas sociais para espalhar o pensamento analítico por vários departamentos de sua organização, e também de seus "agregados". 2012 pode ver um crescimento substancial no uso de ferramentas colaborativas (portais, IM, feeds, redes sociais) para criar fortes laços analíticos com clientes, fornecedores, parceiros e outros públicos-chave.

3. SaaS/serviços baseados na nuvem ganharão mais força: os usuários, hoje, simplesmente esperam encontrar ferramentas que os atendam na tomada de decisões. Enquanto alguns esperam a equipe de TI resolver os problemas, outros estão mais do que dispostos a contornar essa turma e se equipar com as ferramentas certas, já disponíveis no mercado. Uma pesquisada Aberdeen relacionada a Software as a Service (SaaS), muito surpreendentemente, mostra que as empresas de pequeno e médio porte (SMBs - menos de 1000 funcionários) são, de longe, o segmento mais propenso a adotar uma abordagem SaaS / cloud para BI, enquanto as grandes empresas (+1000 funcionários) têm sido mais lentas a adotar. Com todo o "hype" em torno de soluções baseadas em nuvem, prevejo que 2012 será um ano importante para a BI em nuvem/SaaS.

4. "Big Data" vai lugar contra o "Business Analytics" e vai perder: Por que as empresas captam e mantêm os dados? É para justificar os grandes investimentos em armazenamento? Será que é porque elas são acumuladoras digitais que não podem se livrar de nenhum tipo de dados? Na minha ideia utópica de BI, os dados são capturados de modo que possam ser transformados em algo significativo para o negócio. Compliance, segurança, escalabilidade - esses são aspectos importantes de toda a infra-estrutura de dados, e certamente você não pode fazer nada com os seus dados sem ter controle sobre ele primeiro. Como visto em uma pesquisa recente realizada por mim, o BI permite que uma empresa transforme uma mangueira de incêndio em um jato de energia limpa, com conhecimento de negócio relevante e oportuna, levando ao melhor desempenho dos negócios. Eu acho que em 2012 veremos o apogeu e a queda do "big data", assim como sua associação ao BI, que é onde ele realmente pertence.

Todas essas previsões, de uma forma ou de outra, estão atreladas ao que eu considero ser a tendência mais visível e importante em análise de negócios, Com o acesso crescente a dados, além das capacidades surgidas graças às mídias sociais, mobilidade e nuvem, os usuários empresariais estão cada vez mais em busca de análise de negócios. Será 2012 o ano em que a lacuna entre a necessidade de análise e os recursos fornecidos se estreitará? Eu sinceramente espero que sim.
tirado de : olhardigital.uol.com.br

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