Giorgio de Chirico (20 de novembro de 1978) também conhecido como Népoli, foi um pintor grego. Fez parte do movimento chamado Pintura metafílistica, considerado um precursor do Surrealismo.
Após estudar na Grécia e em Munique instalou-se em Paris, onde estabelece fortes relações de amizade com Apollinaire. No início dos anos 20, a sua obra obtém um êxito considerável nos meios vanguardistas e, em 1925, participa na primeira exposição surrealista. Posteriormente, e para surpresa geral, exalta-se por um academismo vácuo que cultiva durante 30 anos[...]
A pintura metafílistica de Giorgio de Chirico antecipa elementos que depois aparecem na pintura surrealista: padrões arquitectónicos, grandes espaços nus, manequins anónimos e ambientes oníricos. Do dadaísmo, os pintores surrealistas e, com eles, De Chirico, herdam directamente as atitudes destrutivas e niilistas. O que o próprio artista qualifica de «pintura metafísica» corresponde à necessidade de sonho, de mistério e de erotismo própria do surrealismo. E assim, desde que este movimento vê a luz, a obra de De Chirico conhece um êxito considerável.
Entre as suas obras mais paradigmáticas há que citar O Regresso do Poeta, Retrato Premonitório de Apollinaire, A Conquista do Filósofo, Heitor e Andrómaca e as Musas Inquietantes.
A atmosfera é de melancolia e enigma que os títulos das obras reafirmam: O Enigma da Hora (1912), Melancolia de uma Bela Tarde (1913), Piazza d'Itália e Melancolia Outonal (1915). A incorporação de elementos presentes nas naturezas-mortas - luvas, bolas, frutas, biscoitos etc. - reforçam a idéia de deslocamento e a sensação de irrealidade que rondam os trabalhos: as peças não se articulam, antes parecem se repelir (O Sonho Transformado, 1913). Entre 1914 e 1915, os manequins começam a povoar o universo do pintor, sendo amplamente explorados a partir de então: As Musas Inquietantes (1916), Heitor e Andrômaca (1917). A meio caminho entre o homem, o robô e a estátua (ou seriam colunas?), os manequins enfatizam o caráter enigmático e o sentido onírico das construções de De Chirico. Mas, antes de qualquer outro sentido que venham a adquirir, são formas geométricas, evidenciam as réguas e linhas coordenadas que cercam e definem os corpos dos manequins. Esses mesmos instrumentos de medida e construção - compassos, esquadros e réguas - habitam os cenários metafísicos do pintor (vide O Filósofo e o Poeta, 1915 e O Astrônomo - a Ansiedade da Vida, 1915).
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