segunda-feira, 28 de maio de 2012

Atualidades

O deboche e o sinismo da política brasileirta atual

Não é novidade para ninguém que a política brasileira atual está recheada de cinismo e deboche. Este blog, inclusive, já comentou o tema diversas vezes.
Hoje em dia, mais do que em outros momentos históricos, nega-se o óbvio sem maiores pudores, mente-se a todos sem vergonha alguma, confia-se na impunidade como na certeza da morte e trata-se a opinião pública como uma idiota.
Alguns caracterizam como cinismo, outros chamam de deboche. Tudo vai sendo feito com a cara e a coragem de quem, na realidade, não passa de um covarde.
Parece inacreditável que um Senador suplente de suplente possa ser colocado no comando de um Conselho de Ética justamente para preparar uma pizza, com todos sabendo plenamente disso. Mas é a realidade.
Soa como falsa a informação de que pessoas como Fernando Collor e Renan Calheiros possam ser as defensoras de alguém, que dirá de José Sarney. Mas é verídico. Um deles tem o despudor, até mesmo, de mandar um colega de Senado engolir as palavras.
Tem ar de brincadeira aquele velho hábito de se culpar a imprensa por tudo. A sucessão de escândalos é dita não como causada pela roubalheira interminável, e sim, por um denuncismo. Trata-se de culpar a janela pela paisagem.
A ousadia dos imorais chega a esse ponto. Tudo que nos lesa é feito debaixo do nosso nariz, sob a luz dos holofotes e com o conhecimento total de todos. Não se supõe, se sabe de tudo. E nada muda. E o pudor não surge.
Obviamente não seria melhor se as atitudes que contrariam a ética fossem empreendidas por debaixo dos panos. Mas quando era assim que as coisas aconteciam, pelo menos havia vergonha.
Por fim, cito frase que me foi enviada por um leitor, via e-mail, a propósito da crise do Senado:
“O mundo estaria salvo se os homens de bem tivessem a ousadia dos canalhas” (Nelson Rodrigues)

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